'Psicólogo António Carlos Alves de Araujo'TERAPIA DE CASAL E INDIVIDUAL 26921958/ 93883296 TATUAPÉ SP-SP
'Visite Minha Página central, com textos como : depressão, paixão, tristeza e outros'
Leia: COMO A SENSAÇÃO DA CULPA PARALISA NOSSA VIDA
Leia também: QUESTIONÁRIO SOBRE A FELICIDADE PESSOAL E ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

A ANSIEDADE PSICOLÓGICA



"A essência de qualquer processo de reflexão ou autoconhecimento passa pela sensação daquilo que nos falta. O modo como administramos a carência é que dirá se somos seres destrutivos ou criativos".- ANTONIO CARLOS -PSICÓLOGO.

"Para os que não possuem a garantia íntima de seu assento no mundo a ansiedade é a mais terrível das ameaças". (ANTONIO CARLOS - PSICÓLOGO)".




Embora a ansiedade esteja totalmente ligada a história do ser humano nas mais diferentes épocas, não podemos deixar de enfatizar a imensa proporção da mesma em nossa sociedade contemporânea. Pensar em nossa vida atual nos remete a falar do stress ou ansiedade. Obviamente o homem moderno perdeu vários referenciais religiosos e morais que no passado serviam de base para o equilíbrio psíquico. Não cabe neste breve estudo o julgamento moral de determinados valores, mas tão somente o impacto no psiquismo humano. A primeira definição de ansiedade é de que a mesma é o alerta máximo da incompletude em algum setor de nossa vida, sendo o clamor de nossa alma para que determinadas coisas se alterem. A ansiedade é a prova máxima de que em nosso íntimo ainda existe vida e a desejamos na plenitude, embora muitas pessoas achem que a ansiedade é sinal do contrário afirmado acima. Como disse anteriormente é o alerta, e este deve soar para que possamos nos mobilizar no sentido do preenchimento de que carecemos. É exatamente por este motivo que o uso em larga escala dos calmantes é extremamente nocivo do ponto de vista da mudança da pessoa, pois ditas drogas cortam o sino que sempre nos avisa de nossos deveres íntimos.
Estou dizendo até agora do lado positivo da ansiedade, como mola propulsora para determinadas mudanças necessárias na personalidade. Sem dúvida há o outro lado, o da ansiedade patológica, que podemos definir como: o constante estado de agitação, incerteza e principalmente insegurança. Nos estudos sobre a ansiedade pouco se percebeu a enorme relação da mesma com o ciúme. Algumas pessoas inclusive mesclam tão profundamente ambas as sensações, que fica quase que impossível dizer onde começa uma e acaba a outra. Este fenômeno ocorre quando a ansiedade ativa paralelamente o complexo de inferioridade da pessoa, sendo que imediatamente surgem expectativas catastróficas no pensamento, causando grande sofrimento para o indivíduo em questão. O complexo de inferioridade ativado se fixa no ciúme, pois este último tem a característica de algo que constantemente se renova, assim como a ansiedade, sempre a espreita para inundar nossa consciência.
Talvez o fato mais marcante seja o de que em nossos dias somos quase que totalmente incapazes para lidar com a ansiedade, sendo que procuramos todos os tipos de distrações ou fugas para não enfrentarmos dito sentimento. Aliado a este conceito há o lado ideológico e econômico que explora a ansiedade via consumismo e caráter descartável dos relacionamentos. Sabemos como machuca uma reflexão pessoal que nos mostre como mentimos diariamente para nós mesmos, e como nos sentimos imensamente vazios por não nos permitirmos o aprofundamento nos diversos setores de nossa vida.
Sabemos que praticamente não temos amigos, o que só alimenta ainda mais nossa solidão; temos ciência de que fugimos do diálogo profundo para as distrações mais fúteis, principalmente com a pessoa que escolhemos para supostamente amar. A ansiedade passa a ser a última camada genuína do ser humano em nossa atualidade, e mesmo assim todos desejam sua destruição, pois para boa parte das pessoas qualquer coisa é melhor do que o sofrimento, mesmo que isto custe a perda da identidade pessoal ou uma vida psíquica vegetativa. Nossa situação profissional na relação capital e trabalho nos revela em que escala nos situamos no âmbito material; se somos explorados, exploradores, se temos autonomia ou se estamos excluídos. No âmbito psicológico a ansiedade passa a ser quase que o principal instrumento de medição de nossa realidade interna, nos mostrando o grau de nossa carência pessoal.
A essência de qualquer processo de reflexão ou autoconhecimento passa pela sensação daquilo que nos falta. O modo como administramos a carência é que dirá se somos seres destrutivos ou criativos. O essencial é perceber que tipo de pessoa ou reação provocamos nos outros, como por exemplo: simpatia, admiração, segurança, ódio, inquietude, etc. A ansiedade ou o tormento da espera daquilo que não possuímos sempre embutem mensagens para reflexões pessoais, e devemos descobrir quais raciocínios são imperativos na etapa atual de nossas vidas.
O maior inimigo de todo o processo de reflexão acima citado é o medo sem sombra de dúvida. Todos desejam garantia e estabilidade, sendo que a ansiedade revela muitas vezes a necessidade de continuar buscando. Infelizmente quase todos desejam aniquilar a prova máxima de sua insatisfação ou infelicidade, que no caso é a ansiedade. Assim como a febre das academias ou cirurgias plásticas, se deseja também em nossa sociedade uma "estética" para a expressão dos sentimentos, e na mesma não há nenhum espaço infelizmente para o autêntico, e talvez este seja um dos mais terríveis problemas emocionais deste milênio.
Arrisco até a noção de que o imenso crescimento da ansiedade em nossa era corre paralela com a mentira e falta de sintonia com as emoções alheias. Como disse acima, procura-se a plasticidade e futilidade, e as coisas sérias vão sendo deixadas de lado.
Temos de admitir o fato da nossa dificuldade em buscarmos novas saídas ou o pavor do novo. Muitas vezes não desejamos nos utilizar de nosso potencial, e este é um dos aspectos psíquicos sombrios que temos de conviver quase que diariamente. A ansiedade neste aspecto nada mais é do que a incapacidade de se lidar com o processo do tempo. Embora biologicamente saibamos que não o temos de sobra, psiquicamente preferimos a constância de uma perturbação ou infelicidade, com o objetivo de encobrirmos nosso total despreparo frente a morte ou qualquer tipo de perda, e apesar do conceito citado ser mais do que óbvio, é muito mais fácil o sofrimento rotineiro ao invés da angústia profunda perante o desconhecido. O confronto com nosso imenso vazio existencial simplesmente é "pânico", e preferimos os atos banais que atuamos diariamente. Qualquer escola de psicologia sempre apregoou sobre a resistência perante as mudanças. Nosso psiquismo é ou se tornou gregário ou conservador, e este é um fato de que não podemos omitir em hipótese alguma. Assim como determinados historiadores conservadores sempre apontaram que as revoluções só nos brindaram com mortes ou destrutividade, nossa mente segue o mesmo raciocínio, temendo sempre o fracasso perante uma nova experiência. A história coletiva e pessoal serve para a manutenção da estrutura social e rotina do indivíduo, e a ansiedade é praticamente o único agente subversivo que pode abalar o sistema citado. A essência da filosofia é a certeza de que na maioria das vezes o pensamento é meramente uma amostra colhida do contexto social onde se vive, e a ansiedade nos chama para a responsabilidade individual da aceitação ou não da meta de vida que adotamos.

ANTONIO CARLOS ALVES DE ARAÚJO- PSICÓLOGO
C.R.P. 31341/5
ENDEREÇO: RUA ENGENHEIRO ANDRADE JÚNIOR, 154-

TATUAPÉ- SÃO PAULO- SÃO PAULO- BRASIL
CONTATOS: 26921958/ 93883296
EMAIL: antoniopsico1@hotmail.com

ATENÇÃO: PELO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL QUALQUER TIPO DE AJUDA SÓ PODE SER MINISTRADA PESSOALMENTE, SENDO VETADO QUALQUER INSTRUMENTO VIRTUAL DE APOIO PSICOLÓGICO.


Term papers and Research Papers Help for college and school students.
term papers